Banalidades
Ando sem saber o que escrever, mas apesar disso apetece-me fazê-lo, parece um contra-senso, mas a inevitável vontade de fazer aparecer as palavras, é superior á falta de imaginação que me assola neste momento.
Reflexões, críticas, análise...sei lá, talvez escrever banalidades, é isso...pequenas coisas sem importância, pequenos nadas que me enchem, mas que se esvaziam de imediato.
Falar que o meu Pc esteve quase a dizer -Basta, estou cansado...e que pouco faltou para ser substituído. Falar que durante não sei quanto tempo, a minha companheira mais fiel dos últimos tempos, a máquina fotográfica, também resolveu tirar férias e sabe-se lá quando volta...maldizer a névoa do Oeste, quando em Lisboa se sente um calor abrasador. Falar de quem partiu e que foi obrigatória mais uma visita ao aeroporto, do sono que me deixou amarrada ao sofá, depois de uma bela almoçarada culpabilizando-me porque desperdicei um dia que mesmo sem muito sol, era mais um que devia ter vivido em vez de dormir...ah e quando agarrei nas cores e as atirei contra uma tela simplesmente á toa imaginando umas quantas coisas que pareciam tudo o que a imaginação quis que fosse... e ainda quando simplesmente não fiz nada, quando havia tanto por fazer.
Falar de tempo, de paisagens, de pequenos nadas, que me deixam apática, banal, estranhamente sem rumo.
Apetece-me falar por falar, sem nada dizer, sem ideias consistentes, sem contestar, sem ousar, apenas estar.